quarta-feira, 19 de maio de 2010

Festa no Erasmo Dias



MAIOBÃO
A professora e presidente do PSOL, de Paço do Lumiar, Maria do Perpétuo Socorro Silva Pereira, afirmou à reportagem do Jornal Pequeno que alunos e funcionários do Centro de Ensino Médio (CEM) Erasmo Dias, localizado na Avenida 12 - Maiobão, teriam participado de uma festa realizada no interior do colégio, promovida por um grupo de pessoas que não trabalham na escola, onde foram praticados atos antissociais. Maria do Socorro, que leciona no estabelecimento de ensino há 15 anos, afirmou que durante a festa intitulada 'Rebolation', ocorrida no dia 21 de novembro do ano passado, pessoas praticaram sexo, usaram drogas e alunas fizeram strip-tease.

Ela disse que os organizadores da festa são pessoas que residem no Maiobão e que realizam raves em escolas da região, tendo como principal alvo o CEM Erasmo Dias. A professora Maria do Socorro contou ainda que o evento teve a autorização da diretora da escola, Glória Rosane.

Segundo a professora, na segunda-feira após a festa, ela foi surpreendida por alunos ainda eufóricos que comentavam sobre as práticas realizadas durante a festa. Sem acreditar, ela teria acessado um site de relacionamento na internet, no qual era possível ver uma aluna adolescente com a calcinha na mão e, em seguida, nua. "Fiquei chocada e estarrecida ao mesmo tempo; afinal, fiquei sabendo que o vice-diretor Arilson também participou da festa e nada fez para impedir tais atos. Soube ainda que a funcionária da cantina passou mal, fechou a lanchonete e foi para casa. Momento em que apagaram as luzes e aconteceu de tudo".

Centro de Ensino Médio Erasmo Dias teria sido palco de festa regada a álcool, drogas e strip tease (Foto: G. Ferreira)

De acordo com Maria do Socorro, os adolescentes tinham entre 15 e 17 anos e não tiveram nenhum problema em posar para fotos e vídeos durante a festa. De posse das imagens, obtidas por meio da internet, doze professores prepararam um documento e protocolaram junto ao deputado César Pires, secretário de Estado da Educação, e na Delegacia de Paço do Lumiar. "O deputado mandou uma equipe fazer o levantamento dos fatos e, após atestado que tudo era verídico, o caso foi abafado; então, nós, professores, fomos deslocados para outras escolas, sob a ameaça de termos os vencimentos suspensos, caso não aceitássemos. Outro dia o pai de um aluno veio me dizer que seu filho está dependente químico, e essa organização criminosa que promove estas festas continua a propagá-las em outras instituições", declarou a professora.

Maria do Socorro afirmou que os professores tentaram, por duas vezes - dias 9 e 10 deste mês, falar pessoalmente com o secretário César Pires, mas que foram recebidos apenas pela secretária dele. Ela disse que a delegacia de Paço do Lumiar também não tomou nenhuma providência, e que a denúncia foi feita ainda para o Ministério Público, nas promotorias de Educação, de Probidade Administrativa e da Infância e Adolescência.

A presidente do PSOL informou que a iniciativa de dar publicidade ao caso foi no intuito de proteger os adolescentes vulneráveis a tais situações, além de informar aos seus pais a realidade vivida em algumas escolas públicas. Maria do Socorro afirmou que os professores estão revoltados por conta da banalização com que o caso foi tratado e pela punição injusta aplicada aos docentes, que tinham apenas o objetivo de coibir práticas antissociais e delituosas.

Um comentário:

  1. será que esse fato é mesmo verdade?estudei na escola trÊs anos nunca ouvie falar disso........

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